sábado, 17 de setembro de 2011

PAPO DE BOTECO - TRANSMISSÕES DE SURF


Após duas etapas do WT com transmissões on line excelentes, encontrei alguns amigos num boteco. Cerveja vai, papo vem, ouvi algumas criticas às transmissões em português. Primeiro que sempre é uma transmissão preterida pelos organizadores, especialmente nos primeiros dias e, segundo, pela qualidade dos comunicadores escolhidos.

Não tenho como julga-los, até porque ouvi menos de 20 min de transmissão em português nos dois eventos (ouvi o Burle no Tahiti e uns 5 min. do WT NY) e estou apenas relatando as criticas que ouvi. Ficando claro também que a transmissão em ingles não é a melhor coisa do mundo, fala-se merda na lingua gringa com uma constancia incrivel.

Mas voltando ao boteco, digo ao assunto, é até uma coisa óbvia. Nem todo mundo nasceu para ser comunicador. Tem que ter um timbre de voz legal e uma grande espontaneidade. Coisa que nem todo mundo tem.
Nada contra Piu Pereira e Zé Paulo, mas de repente como comunicadores são grandes surfistas e ponto.
Não nasceram para narrar.

Eu assisti em inglês porque em português sempre rola os extremos, as vezes o cara falando manja muito, como o Piu, mas não consegue narrar, e as vezes é um malandro que tem voz bonita mas não sabe de nada e fica elogiando todo mundo a toda hora, coisa que me irrita profundamente.

Ou falta comunicatividade ou falta personalidade, apesar de achar o segundo caso muito pior.

Chamo de "estilo globo" de transmissão. Aquelas em que ninguém pode falar mal do evento, nem das ondas, nem da organização, nem dos juízes, nada.
Por exemplo nas transmissões de futebol vemos criticas e mais criticas.
Sabe qual a principal repercussão das criticas? A melhora do item ou assunto criticado ou, no mínimo, sua revisão.
Se não fossem as criticas aos estádios ainda estaríamos com pessoas caindo em buracos nas arquibancadas, se não fosse as criticas sequer haveria comissão de árbitros na cbf, ademais, os arbitros de futebol ficam numa berlinda muito maior que os juizes de surf que não julgam sozinhos e ainda tem replay para dar uma força...enfim...só para exemplificar.

E nessa conversa com meus amigos imaginamos quem seria uma equipe legal para fazer uma transmissão em portugues decente.

A melhor de 2011 até agora foi a dupla que narrou Fernando de Noronha, Adler e Sifu, que sofreram um pouco com a precariedade das instalações na ilha, devido as rígidas regras de conservação ambiental, imagino.

A formula que os gringos estão adotando são de duas ou 3 duplas de narradores, se revezando durante o dia e as vezes na locução. Nos eventos da Quick os caras revezam inclusive quem vai para areia entrevistar o vencedor, como o Sifu fazia em Noronha. Na Billabong fica um reporter fixo, geralmente o mala do GT.

Então no boteco, imaginamos a seguinte composição para apresentar o próximo WT RJ:

Adler e Sifu, Pedro Muller e Bocão, Marcelo Andrade e Bruno (ou seria Marcelo?) Bocaiuva, convidado especial Renato Rickel ou Zana Rickel.

No boteco, achamos melhor um reporter fixo do que o revezamento dos caras, surgindo como indicação unanime a Diana Both que fala bem inglês e tem umas sacadas ótimas para ficar entrevistando os vencedores.

Seria legal juntar essa galera para transmissão on line de um evento no Rio, claro, desde que seja móvel. Fixo, como já falei é burrice, ainda mais quando um dos patrocinadores é a prefeitura cujo maior interesse no evento é mostrar o melhor que o Rio tem a oferecer.

Tirando pela transmissão do Prime de Trestles o próximo WT será um show de transmissão. Vamos ver se o pessoal da uma força para o português e chama algum desses que citei...o Nuno Jonet, lenda viva da locução de surf, também seria legal.

Aproveitando o ensejo, vale mencionar a transmissão deste Petrobrás sobre as Ondas do Arpex. Não vi todos os dias on line porque fui ver ao vivo, mas as vezes que vi on line pude perceber que a transmissão esta muito legal, com replays, locutores experientes e acima de tudo, sem nenhuma frescura tecnologica mais cara, apenas boa vontade e bons profissionais para dar conta do recado. Que sirva de exemplo para alguns eventos maiores como o BSP e o Supersurf cujas transmissões estão entre as piores do ano.

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